4.11.6 Impregnação de Verniz

Ver item 8.3.11 da norma ABNT NBR 16.929.

Esta é uma parte do processo dos serviços de reparo, revisão, recuperação ou modificação onde uma empresa de prestação de serviços pode trabalhar em conjunto com o usuário, de forma a assegurar a utilização do sistema de isolação mais adequado, de forma a atender aos requisitos reais da aplicação.

O verniz não serve só como material de aderência e de isolação, mas também é o principal facilitador de condução térmica, diminuindo assim, o as chances de ocorrerem pontos quentes na máquina.

A escolha do verniz correto para a máquina é essencial para que na operação não ocorra seu derretimento, levando a falha do motor.

Há vários métodos de aplicação do verniz em máquinas, o tipo do verniz também muda para cada aplicação. Os métodos mais comuns são:

  • Imersão (indicado para máquinas de pequeno porte);
  • Gotejamento (indicado para máquinas de médio porte);
  • Impregnação a vácuo (indicado para máquinas de médio a grande porte);

Na imersão ocorre o total mergulho da máquina no verniz, deixando o equipamento por um tempo dentro do líquido de forma que se elimine o máximo de gotas possíveis.

No gotejamento, indicado para ser realizando somente dentro das fábricas, o motor recebe gotas de verniz enquanto o motor é rotacionado para ocorrer a dispersão por força centrifuga do verniz e mudado de posição constantemente.

Na impregnação a vácuo, o motor sofre imersão completa num taxo de verniz e após o taxo é vedado e aplicado pressão negativa, formando, assim, o vácuo. Essa técnica extrai quase que totalmente todas as bolhas, fazendo a condução térmica quase perfeita dentro da máquina.

Figura 14 - exemplo de pequena impregnadora à vácuo

Figura 14 - exemplo de pequena impregnadora à vácuo

Fonte: https://vacuolu.com.br/index.php/produtos/impregnadora-a-vacuo/i-355

O verniz e/ou a resina da impregnação, se requeridos, devem ser aplicados para atender aos requisitos de resistência mecânica e elétrica, sendo submetidos a um procedimento de cura de acordo com a temperatura recomendada pelo fabricante do verniz ou da resina, por um período de tempo adequado para o porte da máquina.

O preaquecimento do estator bobinado melhora a penetração do material de isolação. O sistema de isolação por dupla impregnação por imersão pode ser requerido para algumas aplicações particularmente exigentes. O estator bobinado deve ser introduzido verticalmente no tanque com verniz, para forçar a saída do ar dos eventuais espaços do estator bobinado, preenchendo-os com verniz.

Para todos os processos de impregnação por fluxo contínuo de resina (verniz), o núcleo deve ser rotacionado enquanto ocorre a impregnação e cura do verniz.

A cura do verniz deve ser muito bem executada e de preferência realizada dentro de estufas com temperatura controlada.

Calculadora de Eficiência Energética

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