Considerando a composição do mercado com 85% de pequenas e micro reparadores com pouca qualificação e instrumentação, o estudo [1] estimou que a perda de eficiência no rendimento do motor é de aproximadamente 2% a cada recondicionamento realizado. Porém, segundo estudo realizado pela PUC-Rio em 2019 [1], essa queda de rendimento pode chegar a 5% [3].

O rendimento de um motor como foi visto depende de suas perdas ôhmicas no estator e rotor, de suas perdas no núcleo magnéticos, das perdas por atrito e ventilação e das perdas suplementares. Dependendo da falha do motor e de como ele foi reparado, as perdas podem ser afetadas de modo distinto.

Uso de rolamento de baixa qualidade pode aumentar as perdas por atrito e ventilação, retirada inapropriada do enrolamento do estator pode aumentar as perdas no núcleo. Enrolamentos bobinados com características diferentes das originais como número de espiras, tipo de enrolamento e bitola dos fios, pode afetar as perdas ôhmicas do estator. Danos a lâminas do núcleo do motor aumentam as perdas no núcleo.  

Mas também pode acontecer que dependendo se o fator de enchimento da ranhura permitir o uso de bitolas maiores nos enrolamentos, as perdas ôhmicas podem diminuir e o rendimento aumentar.

As empresas que compõem a rede de assistência técnica dos fabricantes, geralmente tem acesso às informações construtivas do modelo do motor o que facilita um reparo adequado que não interfira no rendimento.

 

[1] Souza, R. C. Pesquisa Mercadológica sobre Motores Recondicionados: Uma proposta para o órgão regulador, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2019.

[2] Souza, R. C. Cartilha de Orientação para o Usuário de Motores Recondicionados. Rio de Janeiro, 2019.

[3] BECKER, Pablo Borges. Troca de motores como indutora de competitividade na indústria brasileira. Procel Info, Brasil, 25 de abr. de 2017. Disponível em: <https://bityli.com/gHUxG>. Acesso em: 14 de fev. de 2022.

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