Para Profissional

Ver item 7.7 da norma ABNT NBR 16.929.

A desmontagem do rotor é uma operação que aparenta ser simples, e por isso a correta retirada costuma ser totalmente desprezada. Mas ao ser feita incorretamente pode inutilizar, por um descuido, todo o motor. Por isso atente-se ao processo de retirada do rotor e se possível utilize a ferramenta de sacar rotor. 

Alguns pontos que devem ser observados no rotor:

  • os batimentos indicados na extensão do eixo do rotor, nos assentos ou nas superfícies de montagem dos mancais e vedações;
  • o diâmetro externo do rotor deve estar concêntrico com relação aos assentos ou superfícies de montagem do mancal;
  • a posição exata de cada elemento do conjunto de sapatas deve ser anotada, quando da desmontagem do rotor;
  • quaisquer serviços de recuperação ou usinagem do rotor, realizados anteriormente, devem ser verificados com relação à acuracidade e tolerâncias;
  • qualquer sinal de atrito entre o estator e o rotor deve ser verificado. As lâminas do núcleo do rotor devem ser examinadas com relação a potenciais pontos quentes;
  • a fixação das cunhas das ranhuras deve ser verificada se existente);
  • o eixo, os ventiladores de resfriamento e outros acessórios do eixo do rotor devem ser verificados com relação à existência de trincas e à rigidez mecânica de suas conexões com o eixo;
  • o eixo deve ser verificado com relação ao seu alinhamento e linearidade, desgaste, trincas e ausência de danos nas extremidades do eixo;
  • a orientação do eixo deve ser anotada em relação à caixa de ligação principal e aos cabos de ligação;
  • Para motores com rotor de gaiola:
    • o núcleo do rotor deve ser corretamente encaixado no eixo, luva ou costela, sobre o qual o núcleo é montado.
    • o diâmetro externo do rotor deve ser verificado quanto a fricções, danos mecânicos, peças faltantes e queima do isolamento das lâminas devido a curto-circuito.
    • barras e anéis devem ser inspecionados quanto à integridade;
    • ensaio com indutor eletromagnético ensaio de growler), também conhecido como ensaio “tatu”;
    • avaliação do aperto das barras do rotor instaladas em suas ranhuras;
    • verificação do anel de retenção do rotor quanto a trincas, se instalado;
    • verificação das cunhas da ranhura do rotor, quanto a rachaduras, quando instaladas.
  • Para motores com rotor bobinado:
    • resistência de isolamento para a massa e entre fases, se possível;
    • ensaio de comparação de surtos surge test) para confirmar a simetria do enrolamento;
    • inspeção da bandagem das cabeças da bobina quanto a rachaduras e folgas;
    • inspeção das conexões entre os terminais do enrolamento e os anéis coletores;
    • aplicação de uma elevada corrente c.a. ou c.c. no enrolamento, para verificar qualquer ponto frio detectado por uma câmera de imagem térmica, que indicará barras do rotor quebradas ou rachadas.
  • Para motores com polos salientes, observar:
    • peças soltas nos polos e evidência de movimentação do polo;
    • conectores trincados;
    • laminações danificadas nas partes do polo;
    • sinais de danos localizados devido a sobreaquecimento ou falhas entre espiras;
    • deformação das faces do polo de campo ou das faces das sapatas polares;
    • integridade do isolamento da bobina de campo, incluindo anéis isolantes;
    • rigidez mecânica e integridade dos parafusos de fixação dos polos, porcas ou construção alternativa;
    • integridade dos polos e seus blocos de travamento, isolamento destes blocos, parafusos ou construções alternativas.
  • Para motores com polos lisos:
    • os dentes do rotor, as cunhas da ranhura e os anéis de retenção devem ser verificados quanto a trincas, usando o ensaio de ultrassom ou o equipamento de ensaio de partículas magnéticas;
    • o eixo do rotor deve ser verificado quanto a trincas, usando inspeção boroscópica, se necessário, equipamento de ensaio de ultrassom, partículas magnéticas, líquido penetrante ou corrente parasita;
    • as cabeças de bobina sob os anéis de retenção devem ser verificadas quanto a trincas e danos de isolamento e rigidez mecânica. A resistência de isolamento do bobinado deve estar dentro dos limites aceitáveis;
    • devem ser verificadas as movimentações da bobina, os movimentos ou trincas dos calços e a inspeção das conexões das bobinas, usando inspeção boroscópica, se requerido.

Calculadora de Eficiência Energética

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