O Loop test é um ensaio usado para identificar falhas no núcleo. Esse teste é realizado pós retirada correta do enrolamento do estator.
Procedimento para a realização do Loop Test:
Enrolar condutor ao redor do núcleo, com uma corrente de controle e tensão de controle de forma que seja ofertado ao motor uma densidade de fluxo magnético total de 1,32 tesla. Após deixar alguns minutos para estabilização da temperatura (aprox. 30min) para a realização da termografia. Se entre o ponto mais frio e o ponto mais quente do motor a diferença de temperatura for maior que 10°C este motor está com avarias. Solução: verificar se o motor ainda tem possibilidade de recuperação com a mudança de localização de chapas do núcleo.
Um exemplo a seguir de aplicação do loop test, à esquerda como é montado o loop test e à direita uma imagem da câmera termográfica com a coletagem de temperatura média do núcleo e da temperatura do ponto quente.
Caso o dano ultrapasse 20% do núcleo do motor, o pacote de núcleo está condenado. Se não tiver acima desse valor, algumas soluções de re-isolamento e troca de posição das lâminas podem ser usadas para diminuição do ponto quente.
A quantidade de espiras para determinação do ponto quente pode ser encontrada a seguir:
Z é a quantidade de voltas que serão enroladas no núcleo, V é a tensão a ser aplicada, f a frequência da tensão e L é o comprimento do pacote do núcleo.
Um ensaio de perda no núcleo ou loop test também deve ser realizado, se houver qualquer evidência de arraste no núcleo devido à falha do mancal, sobrecarga radial excessiva, dano de falta à terra, corrosão ou deterioração do isolamento da chapa do núcleo devido ao envelhecimento. O ensaio deve ser realizado com densidade de fluxo total de 1,32 tesla. Um valor acima de 12 W/kg 50 Hz) ou 10 W/kg 60 Hz) necessita de ação corretiva para reduzir as perdas totais no núcleo;
todas as áreas do núcleo identificadas com pontos quentes devem ser reparadas, isoladas novamente, ter novas chapas instaladas ou um novo pacote de núcleo;
pode ser necessário desmontar e fazer o embaralhamento das chapas do núcleo pela reutilização das chapas existentes ou utilização de novas chapas. Se as chapas existentes forem reutilizadas, as chapas danificadas devem ser novamente isoladas;
se as superfícies das chapas no entreferro forem irregulares, ou unidas por danos mecânicos, pode ser possível reparar o dano com a separação das chapas e a regularização adequada das suas superfícies. O núcleo não pode ser submetido à remoção de material e lixamento excessivos. Deve-se ter cuidado para que isso não aumente as perdas nem afete a eficiência da máquina;
uma comparação das leituras de perda do núcleo antes e depois da queima deve também ser verificada. Um aumento de mais de 20 % nas perdas do núcleo requer medidas corretivas para reduzir o aumento destas perdas;
os enrolamentos devem ser removidos de uma maneira que não danifiquem as chapas, e convém que cuidados sejam tomados ao cortar a cabeça da bobina normalmente o lado oposto da ligação) e ao extrair os enrolamentos das ranhuras.